* Gilberto Pinheiro

O  ser humano parece não se preocupar necessariamente com o meio ambiente.   Indicativos em relação à poluição são extremamente preocupantes, colocando em risco  constante  à vida no planeta Terra em virtude do descaso e imprudência humanas.   Há muitos institutos científicos, centros de pesquisa que alardeam a gravidade, denunciando às autoridades que governam os países para a imperiosa necessidade de medidas contentoras  em nome da vida e sua preservação em amplo espectro.

As geleiras  estão degelando em ritmo acelerado, aumentando o nível do mar, podendo causar séries danos à Humanidade, inclusive, com regiões costeiras na Alemanha e Países Baixos sob o risco iminente de desaparecerem em breve espaço de tempo. O aquecimento global não pode ser entendido como algo desprezível, sem maior atenção dos governos mundiais. Precisa ser fator preocupante de todos, sem exceção.

Outro fator extremamente preocupante é o lixo lançado no mar, no caso específico, garrafas pets, objetos plásticos de várias formas diferentes que estão levando à morte muitos animais marinhos.  

Por causa desta irresponsabilidade, mais de 90% de aves marinhas já ingeriram  algum tipo de plástico.  São informações oriundas de cientistas britânicos e australianos e, infelizmente, as autoridades mundiais parecem não se sensibilizar com este perigo.

REVISTA PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences 

Segundo a revista americana  PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences 99% das espécies de aves marinhas terão algum tipo de plástico no estômago até o ano de 2050.  Na verdade, não atinge apenas as aves marinhas, mas golfinhos e outros animais que habitam mares e oceanos, levando-os, muitas vezes, à morte por ingestão destes produtos.  

Chris Wilcons, cientista australiano –  Organização Industrial e Científica da Commonwealthy – Austrália – analisando estudos publicados entre 1962 e 2012 sobre 186 espécies de aves marinhas, concluiu que é crescente a quantidade de plástico em seus estômagos.   A Humanidade precisa ter consciência de que não pode mais continuar poluindo rios e mares.  Torna-se indispensável educação ambiental nas escolas e universidades. Nâo há mais desculpas para impedir que a verdade seja democratizada, tornada pública.  O destino da Terra está sob nossa responsabilidade. 

As autoridades mundiais precisam enfrentar esta realidade.   Poluição é coisa séria, pondo em risco a vida da fauna marítima e, por que não dizer, da própria espécie humana, tornando-se imprescindível encontrar saída que preserve a vida, inclusive, às futuras gerações.

O aquecimento global já preocupa bastante e, durante décadas, tal fato foi desprezado.  Está na hora de mudanças de paradigmas. São várias frentes que precisam ser enfrentadas, afinal, o Planeta Terra está em risco permanente e, da forma irresponsável que ocorre, com o homem não dando a devida atenção ao meio ambiente, a vida no planeta  corre sério risco de não durar muito tempo. 

É dever de todas as sociedades mundiais cobrarem das autoridades constituídas em cada país atitudes protecionistas  que freem o impacto ambiental causado pela poluição, afinal, o planeta é a casa de todos nós e precisamos dela zelar para haver vida em abundância, livre dos perigos causados pela imprudência e irresponsabilidade humanas. 

Gilberto Pinheiro é jornalista, escritor, palestrante em escolas e universidades sobre a senciência dos animais