Notícias | 18 de setembro de 2014 15:21

Nove policiais militares condenados por envolvimento com a morte da juíza Patrícia Acioli são expulsos da corporação

A PM do Rio excluiu de seus quadros, através de boletim interno publicado na terça-feira (16), nove policiais militares condenados na Justiça por envolvimento com a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto de 2011. Em março, a Amaerj repudiou o fato da Polícia Militar ainda não ter dado início aos procedimentos de expulsão dos já condenados pelo assassinato da magistrada. Desde então, a Associação passou a contestar publicamente o fato de nenhum dos julgados ter sido expulso da corporação, apesar da sentença ter transitado em julgado. A Amaerj aguarda, agora, a exclusão dos dois oficiais condenados: o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopez e o tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira — então comandante do 7º BPM (São Gonçalo). Todos os 11 PMs julgados no caso foram condenados.

A lista de PMs expulsos traz, do 7º BPM (São Gonçalo), o soldado Junior Cezar de Medeiros, o terceiro sargento Charles de Azevedo Tavares e os cabos Alex Ribeiro Pereira, Jeferson de Araújo Miranda, Sammy dos Santos Quintanilha e Sergio Costa Junior; o soldado Handerson Lents Henriques da Silva, do 12º BPM (Niterói); e os cabos Carlos Adílio Maciel Santos e Jovanis Falcão Junior, que estavam lotados na Diretoria Geral de Pessoal (DGP) da corporação.

Os nove agentes desligados foram condenados pela Justiça entre dezembro de 2012 e 14 de abril deste ano — portanto, cinco meses antes de as exclusões serem realizadas pela Polícia Militar. O primeiro julgamento foi o de Sergio Junior, que pegou pena de 21 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado. Posteriormente, Jefferson Miranda foi condenado a 26 anos; Jovanis Júnior, a 25 anos e seis meses; Alex Pereira, Charles Tavares e Sammy Quintanilha, a 25 anos; Junior Cezar de Medeiros, a 22 anos e seis meses; Carlos dos Santos, a 19 anos e seis meses; e Handerson Lents, apontado como o responsável por indicar o endereço da juíza ao resto do bando, a quatro anos e seis meses em regime semiaberto (todos os outros terão que cumprir regime inicial fechado).

Patrícia Acioli foi assassinada na porta de casa com 21 tiros, no dia 12 de agosto de 2011, no bairro de Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Os disparos foram efetuados por dois homens encapuzados em motocicletas, um deles depois apontado como sendo o tenente Daniel Lopez. A juíza era titular da 4º Vara Criminal de São Gonçalo e foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e grupos de extermínio, fato que teria gerado insatisfação entre os grupos criminosos que atuavam na região.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj com informações do Extra